Compliance cria confiança e reputação comercial, afirma estudo da Mazars

As oportunidades e os riscos, atuais e futuros, associados ao compliance estão em destaque no estudo da Mazars.

“Unlocking trust: why global compliance is on the business agenda” é o novo estudo da Mazars, baseado num questionário realizado a 892 profissionais seniores de compliance nas áreas de contabilidade e fiscalidade em multinacionais de 25 países, que aborda, entre outros aspectos, as oportunidades e os riscos, atuais e futuros, associados ao compliance.

A análise a Mazars refere que os responsáveis pelo compliance tendem a encará-lo como um fator de criação de oportunidades e não apenas como uma obrigação, com 58% dos inquiridos a concordar com esta visão. Mais, as oportunidades que o compliance apresenta são significativas  uma vez que aumentam a confiança, reforçam a segurança e constroem reputação.

65% consideram que compliance positiva aumenta a confiança do investidor, 64% dizem que aumenta a confiança do cliente/consumidor e 61% afirmam que ajuda a construir uma reputação favorável.

As empresas também alocam senioridade ao esforço de compliance. Em 75% das empresas, os executivos de topo e membros de conselhos de administração abordam o compliance com uma regularidade trimestral ou ainda mais elevada (39% mensalmente).

Globalmente, as empresas referem que a atenção e recursos dedicados ao compliance conduzem a resultados positivos. 82% estão seguras que se encontram a cumprir de forma bem-sucedida os requisitos atuais e que vão continuar a cumpri-los no futuro. No entanto, 51% esperam que o compliance se torne mais exigente nos próximos cinco anos.

O “Unlocking trust: why global compliance is on the business agenda” mostra também que os responsáveis pelo compliance conhecem os riscos do fracasso que muitas vezes pode levar danos na reputação, ações disciplinares internas ou a multas. 77% dos inquirido afirmam que a sua empresa enfrentou desafios relacionados com compliance nas áreas de contabilidade e fiscalidade nos últimos cinco anos.

Os principais investimentos planeados para compliance são em tecnologia (particularmente machine learning/inteligência artificial) e competências. 45% afirmam que nova tecnologia de compliance contabilística e fiscal será um dos drivers mais significativos para melhorar a performance nas suas funções. Todavia a falta de conhecimento e competências na sua equipa é prejudicial, com 42% dos inquiridos a considerar que este é um grande obstáculo para que se alcancem os objetivos de compliance.

Do conjunto das regiões analisadas neste estudo da Mazars, 50% dos líderes na América Latina encaram este tema como uma oportunidade e reveem os seus problemas de compliance mensalmente ou mais frequentemente, 11 pontos acima da média do estudo.

Nos EUA apontam como o maior desafio ao compliance o aumento do escrutínio por parte dos reguladores – que não figura entre os três principais desafios para os restantes entrevistados. Além disso, os responsáveis nas regiões da África – Médio Oriente, América Latina e EUA mostraram-se especialmente desafiados pela necessidade de aumentar os recursos associados ao compliance no último ano, comparativamente à média do estudo (78%, 71% e 78%, respetivamente, comparado com uma média de 60%).

“O objetivo principal do compliance é garantir o cumprimento por parte das entidades, das exigências legislativas e regulamentares no ambiente corporativo em que atuam, bem como das regras e códigos de conduta internos das organizações. (…). No presente contexto empresarial, um compliance robusto é cada vez mais assumido como uma oportunidade e ferramenta para reforço da confiança de investidores e clientes, contribuindo para a construção de reputação da entidade e, a nível mais global, para o desenvolvimento de um mercado justo”, concluiu Alice Vitória Brito, Chief Compliance Officer da Mazars em Portugal.

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