Glocal e out of the box que cria valor

O Empresas+® foi conhecer melhor a Mazars em Portugal, organização especializada em auditoria e revisão de contas, contabilidade e outsourcing, financial advisory services e assessoria fiscal. Quem melhor conhece a empresa, os seus sócios, garante que “desde a sua fundação, a Mazars escolheu a exigente opção de ser uma empresa verdadeiramente integrada e de proximidade”.

A Mazars é uma empresa internacional, integrada e independente, especializada em auditoria e revisão de contas, contabilidade, consultoria e assessoria fiscal. Quando e onde surgiu este projeto? Quais os objetivos subjacentes à sua criação e qual foi a sua evolução ao longo da história?
A empresa iniciou a sua atividade com um pequeno gabinete de contabilidade em Rouen, França, no ano de 1945. O seu projeto internacional arrancou em 1995, tornando-se desde esse momento num reconhecido player internacional.
Sob a liderança do seu fundador, Robert Mazars, a firma cresceu e tornou-se num especialista em auditoria e contabilidade, em França. A visão e liderança posteriores transformaram, nos anos seguintes, a Mazars num verdadeiro ator a nível europeu, com escritórios na grande maioria dos países. Nos últimos 15 anos, a expansão internacional foi notória, com a abertura de operação na Ásia, África, América do Norte e do Sul. Hoje está presente em 89 países e territórios e reúne 40.000 profissionais a nível mundial – 24.000 na parceria integrada da Mazars e 16.000 através da Mazars North America Alliance. Com expertise em várias áreas, caracteriza-se por ser um partnership integrado, centrado nas pessoas, participativo, transparente e multidisciplinar, com conhecimento baseado na experiência.
O foco para ir mais longe e a motivação para a conquista de novos clientes estão sustentados na excelência técnica e na qualidade dos serviços prestados, sob os fundamentos de empreendedorismo, espírito de equipa, visão de longo prazo, flexibilidade, entusiasmo e solidez. Os resultados dos últimos anos mostram um crescimento na receita global da firma, fruto do desenvolvimento internacional e da expansão para os continentes africano, americano e asiático. Hoje, a Mazars presta serviços a empresas nacionais e internacionais, cotadas e não cotadas, pequenas e médias, e ainda a outras entidades, nos setores privado e público. É, acima de tudo, uma empresa global com um impacto relevante em geografias distintas.
Mas, mais do que falar do passado, gosta de olhar em frente. Num futuro próximo [já em 2020] pretende, em termos globais, estar presente em 100 países e atingir 2,2 mil milhões de euros de volume de negócios global.

Quais as vantagens em pertencer a um grupo global com as características da Mazars?
A parceria internacional integrada subjacente à Mazars tem como objetivo principal a garantia de uma qualidade consistente nos serviços oferecidos. Os clientes da firma com atividade internacional sabem que vão encontrar serviços bem coordenados, que refletem a própria estrutura corporativa. Isso requer auditores e consultores que conhecem de forma aprofundada as suas necessidades enquanto grupo, independentemente do mercado onde operam. Uma estrutura integrada oferece essa consistência e permite o controlo direto dos padrões de serviços a entregar.

Quando é que a Mazars chegou a Portugal e que balanço faz da atividade levada a cabo pela empresa?
Desde a sua fundação, a Mazars escolheu a exigente opção de ser uma empresa verdadeiramente integrada e de proximidade. A sua diferenciação, face a outros players do mercado, está no equilíbrio destes dois pilares. O plano de expansão geográfica em Portugal, com presença há mais de 20 anos em Lisboa, Porto e Leiria, e a forma como, diariamente, atua, se responsabiliza e presta os seus serviços em território nacional, são um bom exemplo deste modus operandi.
Em Portugal desde 1988, a Mazars é uma das principais firmas de auditoria e consultoria em território nacional, com 180 colaboradores distribuídos pelos vários escritórios. No mercado português o objetivo passa por diversificar e crescer em todas as linhas de negócio, apostando fortemente nas áreas de consultoria financeira, fiscal e preços de transferência, áreas que têm vindo a conquistar expressão comparativamente à área de auditoria.
Com ambição de crescimento na casa dos dois dígitos, operações como a recente fusão por absorção da sociedade João Monarca Pires & Associados, SROC, Lda. e novas integrações, dentro do mesmo setor ou em outros complementares à oferta existente, vão ao encontro de objetivos de alargamento da oferta disponibilizada e de reforço do crescimento da equipa e da faturação.

Que serviços e mais-valias a Mazars oferece aos seus clientes?
A Mazars é uma organização internacional, integrada e independente especializada nas áreas de Auditoria e Revisão de Contas, Contabilidade e Outsourcing, Financial Advisory Services e Assessoria Fiscal.
A firma presta serviços a empresas nacionais e internacionais, cotadas e não cotadas, pequenas e médias, e ainda a outras entidades, nos setores privado e público. A sua diferenciação passa pelo caráter glocal e out of the box e o seu propósito consiste em criar valor, não só no modo como promove inovação à medida de cada cliente, como na forma como presta os seus serviços, que combinam técnicas avançadas com responsabilidade e capacidade de resposta.

Como vê o mercado na atualidade?
O setor sofre de uma desconfiança sem precedentes. A missão coletiva da Mazars passa por assegurar que a confiança no setor permanece intacta.
Enquanto entidade global e como reflexo da visão business for good, a sua contribuição consiste em garantir que todos os stakeholders – de clientes e colegas, a reguladores e sociedade – beneficiam das práticas modernas, perspetiva independente e cultura orientada por valores que pautam a Mazars.
A atividade de auditoria está atualmente, e continuará num futuro próximo, confrontada com dois grandes desafios: promover a retoma do interesse na profissão por parte de Talento qualificado e acompanhar a transformação tecnológica que se tem verificado e que se espera que acelere nos próximos anos.
Se a resposta à segunda questão está apenas nas mãos das empresas de auditoria, que se devem posicionar e preparar para as novas exigências do mercado, a promoção da retoma do interesse na profissão por parte de recursos humanos qualificados é uma questão de caráter mais lato e que exige uma ação abrangente de diversas entidades.

Como está Mazars a responder a estes desafios?
A Mazars tem um foco permanente no futuro. O crescimento, o desenvolvimento e a consolidação são o seu apanágio, mantendo em permanência um olhar crítico e procurando contribuir sempre para a melhoria da auditoria. A busca por soluções e respostas para problemas e questões que muitas vezes extravasam os seus stakeholders é o compromisso assumido no presente, atentos à construção das bases que vão definir o sucesso no futuro.
Em Portugal [e no mundo] está a acelerar a sua transformação para ajudar os gestores a navegar com confiança uma confluência de reformas regulatórias, disrupção digital e volatilidade geopolítica, que colocam uma enorme pressão e complexidade no modo como as organizações conseguem conformidade, performance e sustentabilidade.
É certo que a conjuntura não é fácil e vai obrigar à reinvenção para a auditoria, associada, por um lado, aos efeitos da revolução digital, mas também às novas expectativas dos clientes e às mudanças regulatórias no setor. Os desafios são variados e complexos e requerem atenção, cuidado, empenho e dinamismo, sempre numa perspetiva construtiva e de colaboração na procura de soluções, resolução que tem sido, é e continuará a ser central à atuação da Mazars em Portugal.

Face a diversas notícias que têm sido tornadas públicas, a credibilidade da figura do auditor e do revisor oficial de contas está comprometida. Porque é que isso aconteceu e como é que se pode alterar esse facto?
A crise financeira e económica recente trouxe consequências também ao nível da confiança entre os agentes económicos, de que ainda se vivem as consequências. A confiança é um fator determinante para o desenvolvimento das economias modernas e quem acompanha o mercado e vive a experiência empresarial sabe como é essencial na construção das relações entre agentes económicos.
A transposição da diretiva europeia para a legislação portuguesa é, em alguns aspetos, mais ambiciosa do que o standard europeu. Todavia ficou aquém do que podia e devia numa questão que na Mazars se considera de extrema importância, que é a da auditoria conjunta – joint audit.
Um mercado mais informado, com agentes exigentes e mais sofisticados, com colaboradores e fornecedores mais preparados, contribui para uma melhor accountability.
Tem havido procura por diferentes entidades ou a solicitação por determinado grupo de stakeholders da nomeação de um auditor independente, além do auditor estatutário. O mercado procura acomodar (de facto) o princípio dos “quatro olhos”, pelo que teria sido relevante acomodar a auditoria conjunta e informar das vantagens da mesma, sem acréscimo de gastos.

A Mazars defende a auditoria conjunta. O que é e quais as suas vantagens?
A auditoria conjunta é um processo já estabelecido com sucesso noutras geografias. Esta prática reforça a independência do auditor, sobretudo no que respeita à aceitação devida de serviços distintos de auditoria, reduz o risco de familiaridade excessiva e reforça, também, a capacidade de os auditores defenderem a sua posição no caso de desacordo com a entidade. É um mecanismo testado e comprovado para facilitar a criação de um mercado de auditoria menos concentrado.
Beneficiar do conhecimento técnico de mais que uma firma representa valor acrescentado na presença em estruturas para os quais nem todas as empresas podem fornecer a mesma qualidade de auditoria.
Nos mercados em que o modelo de auditoria conjunta existe tem contribuído para criar um mercado mais concorrencial, vantajoso para todos os stakeholders.

De que forma a Joint Audit pode ajudar a promover a qualidade no setor?
Em Portugal [e no Mundo], as maiores empresas são auditadas quase exclusivamente pelas Big Four, expressão usada para designar o grupo constituído pela Deloitte, Ernst & Young, KPMG e PWC – as quatro maiores empresas do setor. Com a introdução de um processo de joint audit estaríamos a permitir que alguns dos atuais players alcançassem uma dimensão diferente, reduzindo simultaneamente um dos principais riscos que hoje se coloca que é o da concentração.
Apesar de a não introdução deste mecanismo ter sido a grande oportunidade perdida com a transposição da diretiva da reforma da auditoria para o mercado nacional, a Mazars acredita que o legislador nacional terá a oportunidade de rever esta norma, pesando os benefícios desta opção.
Porque acredita que o processo de joint audit beneficiaria a qualidade da auditoria, um dos principais objetivos da reforma legislativa no setor, a Mazars vai continuar a promover ativamente a auditoria conjunta e está disponível para mostrar ao legislador e ao mercado os seus benefícios.
Esforço que acompanha o reconhecimento recente que a Comissão Europeia faz, em texto legislativo, onde destaca que a nomeação de dois auditores reforça o ceticismo profissional e a sua capacidade de questionar e contribuir para a qualidade da auditoria. Apesar da sua abrangência, serão as entidades de interesse público, nomeadamente as várias entidades do setor financeiro, de todas as cotadas ou que tenham valores mobiliários cotados, as que teriam maiores vantagens no incentivo à nomeação de mais do que um auditor.

Quais os principais projetos para o futuro da empresa?
Com uma estratégia que pretende acompanhar as rápidas e permanentes transformações no mercado, a firma vai assim continuar a apostar no crescimento no mercado nacional, alinhado com o espírito da Mazars internacional de parcerias para alicerçar o seu projeto de desenvolvimento e a sua perspetiva de equilíbrio e visão sustentável.
Para além do crescimento orgânico da empresa, que em 2018 viu o seu volume de negócios, em Portugal, subir 10%, a Mazars conseguiu, simultaneamente, apresentar um crescimento total acima do das Big Four e crescer acima do mercado, nas áreas audit e não audit. Crescimento que no plano estratégico 2019-2022, recentemente apresentado, se pretende contínuo.
O progressivo equilíbrio entre resultados de serviços de audit e não-audit, sustentado no crescimento mais acelerado desta segunda área de atividade, serão os principais desafios para os próximos anos.
Para alcançar os resultados propostos vai manter-se a aposta em know-how tecnológico e digital, com vista à otimização dos processos  à resposta ao mercado. A par do investimento em processos e tecnologia, vai manter-se o reforço da equipa, como reflexo da ambição de crescimento em território nacional e em linha com o que tem sido, e será, a dinâmica internacional do grupo.
As áreas de consultoria financeira e fiscal, com destaque na submissão de projetos de investimento a incentivos financeiros e fiscais, têm sido as grandes apostas nacionais, não descurando as outras linhas de negócio, que também têm crescido.
No horizonte 2020 perspetiva-se que a conjugação do crescimento orgânico com operações de crescimento externo permita uma evolução positiva anual a dois dígitos, alcançando em Portugal um crescimento orgânico de 10% e atingindo um volume de negócios em Portugal na casa dos 14 milhões de euros.

E Leiria, que perspetivas para a operação da Mazars?
Assente no caráter glocal, a proximidade com clientes é parte fundamental no espírito Mazars. A operação de Leiria é um bom exemplo desta fórmula de sucesso.
Com escritório em Leiria desde 2002, a Mazars dá resposta em todas as linhas de serviço a clientes das áreas de Indústria e Serviços. Em linha com a estratégia nacional, reforçar a presença junto de PME de média/grande dimensão, grupos empresariais locais com presença internacional e multinacionais, nunca descurando a base do tecido empresarial português que são as PME de pequena/média dimensão, é o grande objetivo no horizonte 2020.

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