Liderança e sustentabilidade para dar resposta à incerteza económica e instabilidade geopolítica

A maioria das empresas participantes no barómetro C-suite da Mazars (86%) tem perspetiva positiva de crescimento para 2023.

A Mazars, empresa internacional de auditoria, fiscalidade e consultoria, lançou o seu barómetro Csuite 2023: liderança ousada para um futuro sustentável. Este relatório é o resultado de uma pesquisa aprofundada realizada no quarto trimestre de 2022, que mediu o pulso a mais de 800 executivos de 27 países em todo o mundo.

“Para moldar um futuro sustentável, tanto para seus negócios quanto para a sociedade em geral, os executivos C-suite estão a investir cada vez mais em tecnologia e sustentabilidade. Com a normalização previsível de um futuro incerto, os líderes precisam de continuar a ser ousados hoje, para alcançarem o sucesso sustentável amanhã”, diz Mark Kennedy, sócio e membro do Group Executive Board na Mazars. 

Por seu lado, Maria João Vaz, Head of Sustainability Services da Mazars em Portugal, realça que “ este estudo vem revelar que a sustentabilidade está cada vez mais na ordem do dia das empresas e dos seus Gestores, que começam a tomar consciência sobre os desafios que esta coloca nos seus negócios”, acrescentando que “os próximos anos vão requerer que os fatores ESG estejam cada vez mais integrados e geridos de forma transversal”. 

De acordo com Maria João Vaz, “as tendências demonstram que as questões económicas são a prioridade, face ao atual contexto internacional, e as tecnologias surgem como um desafio, mas também, como uma oportunidade que pode ajudar as empresas a responder e a integrar todas estas questões”.

A Head of Sustainability Services da Mazars em Portugal salienta ainda que “é preciso motivar os líderes na construção de um futuro mais sustentável com o objetivo de criar empresas mais resilientes e que consigam gerar mais valor para todos.” 

Otimismo face aos desafios contínuos

Apesar da instabilidade económica, aumento dos preços da energia e tensões geopolíticas, os executivos estão otimistas com o crescimento futuro de sua empresa:

86% têm uma perspetiva positiva (28% muito positiva) de crescimento em 2023.

Tendências que impactam os negócios em 2023 e a confiança para responder

De acordo com a pesquisa da Mazars, as três principais tendências externas que devem ter maior impacto nos negócios este ano são:

  1. Tendências económicas, incluindo inflação e aumento do custo de vida.
  2. Preços e/ou escassez de energia.
  3. Aparecimento de novas tecnologias.

Os líderes estão mais confiantes na sua capacidade de gerir tecnologias emergentes (54% muito confiantes). Mas estão menos confiantes em lidar com a instabilidade geopolítica (23% muito confiantes), preços/escassez de energia (27%), escassez de talentos (32%) e tendências económicas (33%). Estas são também aquelas que se consideram as principais barreiras ao crescimento.

O Índice de Confiança da Mazars (percentagem média de ‘muito confiante’ em todas as tendências) é de 37%, ligeiramente abaixo do barómetro anterior (44%), mas acima da nossa pesquisa de 2020 (32%). 

Abraçar um mundo digital

Transformar a TI/tecnologia da empresa é a principal prioridade estratégica para os líderes nos próximos três a cinco anos. Espera-se que o surgimento de novas tecnologias tenha um grande impacto nos seus negócios e os executivos reconhecem a importância de tecnologias como inteligência artificial, automação, big data e Web3. As ciberameaças continuam a ser uma realidade diária, mas os líderes estão confiantes de que seus dados estão protegidos.

Investir num futuro sustentável

Uma estratégia de sustentabilidade nova ou revista está em segundo lugar na lista de prioridades estratégicas dos C-suite para os próximos três a cinco anos e mais de dois terços (68%) planeiam aumentar o investimento em iniciativas de sustentabilidade no próximo ano, dando mais significado à importância do ESG na agenda C-suite. A maioria das empresas (65%) produz um relatório de sustentabilidade, mas admite que a qualidade e o rastreamento dos dados podem ser desafiantes, e pouco mais de um terço (36%) sente-se totalmente pronto para os novos requisitos de relato ESG.

Reconhecendo a importância da diversidade e do talento 

Um quarto dos líderes diz que uma estratégia de atração e retenção de talentos nova ou revista é uma prioridade estratégica, com quase um terço (28%) a identificar a

incapacidade de atrair uma força de trabalho qualificada como uma barreira para o crescimento da sua empresa. Apesar de reconhecer a importância de uma força de trabalho diversificada, a verdadeira equidade permanece indefinida em muitas empresas, com pouco progresso em termos de diversidade de género entre os principais decisores. 

A pesquisa da Mazars revela ainda que os executivos estão a investir tempo, dinheiro e recursos nas áreas mais importantes: tecnologia, sustentabilidade e pessoas. Face à incerteza contínua, isso mostra coragem, com líderes a fazerem movimentos ousados para moldar um futuro sustentável.

Kennedy conclui: “As empresas enfrentarão mais volatilidade este ano – terão de ser ágeis e podem precisar de repriorizar e reorientar. Mas as empresas desenvolveram muita resiliência desde a crise financeira de 2008, o que as manterá numa boa posição no próximo ano.”

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