Mais de 70% das organizações mundiais esperam ter rendimentos superiores aos de 2020.

Apesar do ambiente difícil que se vive, 71% das organizações espera este ano ter rendimentos superiores aos de 2020. Os dados são do novo barómetro “Mazars 2020 C-suite” da Mazars.

Ainda assim, o impacto da crise causada pela COVID-19 é evidente nos 35% que disseram que as suas receitas vão ser mais baixas que em 2019. Os entrevistados da América Latina são quem tem a perspectiva mais optimista, 91% dizem que têm uma visão positiva do crescimento em 2021, bem acima da média global de 71%.

Segundo o barómetro, olhando para o futuro, os líderes empresariais preveem que as tendências económicas e relacionadas com a tecnologia terão o maior impacto no seu negócio e 90% das empresas sentem-se preparadas para responder a tendências tecnológicas.

Apesar das mudanças climáticas estarem cada vez mais presentes na agenda dos media, reguladores e opinião pública, apenas 20% dos entrevistados afirmam esperar que esta tendência seja a que tenha o maior impacto sobre o seu negócio, a percentagem mais baixa da lista.

O valor é ligeiramente mais elevado entre as empresas na Europa Ocidental (25%), sugerindo que esta preocupação ocupa uma posição mais relevante na agenda executiva das organizações ali localizadas, mas é inferior a 20% na América Latina, África, Europa de Leste, Comunidade de Estados Independentes (CEI) euroasiática e EUA.

O barómetro mostra também que o risco climático é também a tendência com a qual os líderes se sentem menos confortáveis, 28% indicaram não estar confiantes na sua capacidade para responder a esta tendência, valor que compara com os 10% quanto a tendências em tecnologia e inovação.

O mesmo barómetro indica ainda que nos próximos três a cinco anos, os líderes empresariais esperam fazer várias transformações de negócio, incluindo transformações tecnológicas (50%), transformações relacionadas com a melhoria de desempenho (47%) e o desenvolvimento de novos serviços, mercados e modelos de negócio (46%). A transformação cultural foi considerada a mudança menos provável a nível organizacional, com 40%.

O relatório também explora se uma actividade gera mais impacto a curto-prazo (até um período de um ano) ou a longo-prazo (um ano ou mais). Actividades incluindo oportunidades de crescimento externas, estratégia corporativa e I&D/inovação são consideradas de longo-prazo e as actividades como a redução de efectivos, a resposta a necessidades imediatas de financiamento e a gestão de fornecedores classificadas como de curto-prazo.

As opiniões variaram substancialmente, dependendo da dimensão da empresa, localização, sector de actividade e função. Por exemplo, entre os executivos dos sectores automóvel, de produção industrial e serviços financeiros, a sustentabilidade está incluída nas actividades a longo-prazo, mas aqueles nos setores da tecnologia e telecomunicações consideram-na de relativo curto-prazo.

No cômputo geral, os executivos, especialmente em empresas lideradas por mulheres, pretendem transferir o seu foco para estratégias de investimento a longo-prazo, Isto é constatável em todas as regiões, exceto em África, especificamente na África do Sul, que espera um foco acrescido em actividades a curto-prazo, incluindo financiamento imediato e redução de custos, e um foco relativamente reduzido em algumas atividades a longo-prazo, tais como a procura de talento e estratégia corporativa.

InHR Portugal