Executivos otimistas: 71% espera crescimento da faturação em 2021

Mais de metade (58%) dos executivos C-level espera um crescimento da faturação entre 2019 e 2020 e quase três quartos (71%) aponta para um aumento também este ano. A conclusão é partilhada no novo barómetro anual da Mazars, segundo o qual os executivos de topo parecem estar “surpreendentemente otimistas em relação ao futuro”

«Esta crise afetou-nos a todos e é encorajador ver que a maioria das empresas se mostra positiva relativamente aos seus níveis de faturação em 2020 e que a generalidade espera crescer em 2021», comenta Hervé Hélias, CEO e presidente da Mazars.

Depois de entrevistar mais de 500 líderes (CEO e CFO, por exemplo) de todo o Mundo, a consultora especializada em auditoria e fiscalidade descobriu, contudo, que o otimismo face ao potencial do amanhã anda de braço dado com um cenário menos positivo verificado já hoje: 35% afirma que as receitas irão sofrer nas contas finais de 2020.

Futuro tecnológico e ambiental

O barómetro “Mazars 2020 C-suit” aponta ainda para as tendências económicas relacionadas com tecnologia como aquelas que terão maior impacto no negócio das empresas. Mas isso não assusta os executivos: 90% dos inquiridos garante que as suas empresas estão preparadas para responder aos novos desafios e tendências neste campo.

À tecnologia juntam-se as alterações climáticas, embora somente 20% dos entrevistados espere que esta tendência seja a que tenha maior impacto no negócio – é mesmo a percentagem mais baixa da lista. A preocupação é maior na Europa Ocidental (25%) e mais baixa na América Latina, África, Europa de Leste, Comunidade de Estados Independentes e EUA (abaixo de 20%).

Apesar de não se sentirem, na generalidade, ameaçados pelas alterações climáticas, 28% dos executivos diz não estar confiante na sua capacidade de responder ao risco climático. Apenas 10% diz o mesmo face à tecnologia e inovação.

Nos próximos três a cinco anos, os líderes empresariais esperam levar a cabo várias transformações de negócio, incluindo transformações tecnológicas (50%), transformações relacionadas com a melhoria de desempenho (47%) e desenvolvimento de novos serviços, mercados e modelos de negócio (46%). Segundo o mesmo barómetro, a transformação cultural foi considerada a mudança menos provável a nível organizacional (40%).

InExecutive Digest