Governo aprova Cidade Têxtil em Barcelos
Ministro da Economia dá luz verde a projecto da ACIB com décadas
Desafiado por João Albuquerque, que lembrou o governante da importância que a indústria têxtil do concelho tem para a economia nacional, apresentando, em termos de exportação, um volume de negócios de 997 milhões de euros, pedindo para que, desta vez, o referido projecto “tenha o reconhecimento” do Governo. Em resposta, Costa e Silva não esteve com meias palavra. Tecendo rasgados elogios ao papela da ACIB, lembrando que representa 31 mil empresas e um volume de negócios anual a rondar os 32 milhões de euros, apontou, também, para a região, falando no Quadrilátero Urbano, composto por Barcelos, Braga, Guimarães e Vila Nova de Famalicão, concelhos que, somados, “valem” 14% do Produto Interno Bruno Nacional (PIB). Daí, concluiu o ministro da Eco r, “a Cidade Têxtil ser absolutamente fundamental para a criação e marcas globais, como se faz em Itália há já muitos anos”.
Câmara garante descida de impostos municipais em 2023
Quem também interveio no fórum foi Mário Constantino. O presidente da Câmara, anfitrião do encontro, lembrou algumas
das medidas de carácter fiscal que o seu executivo tem tomado, desde a chegada ao poder, há cerca de um ano, adiantando que, nas Grandes Opções do Plano e Orçamento Municipal para 2023, que vai ser votado em Assembleia Municipal no próximo mês, vai ser feita uma nova baixa dos impostos municipais das empresas, como a Derrama, entre outros. O autarca anunciou, também, que serão criadas, no âmbito da revisão do Plano Director Municipal (PDM), três novas zonas industriais no concelho, apelando, por fim, que o Governo acompanhe os pedidos dos parceiros sociais relativamente aos apoios às empresas com os custos energéticos.
Por parte dos empresários, a nível nacional, interveio António Saraiva, da CIP – Confederação Empresarial de Portugal,
António Saraiva. O dirigente enalteceu o recente acordo de concertação social, criticando “quem persiste ficar sempre de
fora”, mas frisando que não se trata de um documento fechado, mas um “ponto de partida” para
ir sendo trabalhado durante quatro anos: “Isto é um guarda-chuva que temos para se poder iniciar reformas estruturais
que nunca foram feitas em Portugal em três áreas: administração pública, fiscal e a da justiça junto das empresas”.
Alguns dos protocolos assinados
Durante o fórum, o presidente da ACIB anunciou um conjunto de protocolos com outras entidades, que foram assinados no final da sessão de abertura:
MAZARS: apoios na área da consultoria de gestão, gestão de risco, compliance, governação, cibersegurança e transformação digital.
ISQ: Centro de Interface e Tecnologia: apoio técnico nas áreas da indústria, energia, água, entre outros.
Delta Consulting: parcerias fotovoltaicas nas empresas, sem necessidade de investimento inicial das mesmas; investimentos para a aquisição de novos equipamentos na área da energia e da eficiência energética e instalação de “comunidades de energia”, através da disponibilização de uma linha de financiamento de 65 milhões de euros.
Parque Industrial Barbosa de Oliveira: parceria com vista à promoção da cultura e da prática da inovação e transferência de saberes para o estabelecimento de empresas inovadoras.
NKA: acesso dos associados da ACIB às novas soluções tecnológicas e novos produtos para a indústria.